A MAIS BARATA OU A MAIS CARA?
Oi pessoal Como vocês estão? Hoje vim falar de um assunto que eu particularmente adoroooooo! COLORAÇÃO! Esse é um dos meus temas preferidos quando falamos sobre cabelo. E vocês sabem qual a diferença entre as colorações baratas e as que os profissionais usam no salão? E então vocês perguntam: “Se as duas vão desbotar, por que eu devo usar a mais cara? Posso usar a coloração profissional em casa, ou corro algum perigo?”. Essas e mais milhões de outras dúvidas surgem na nossa cabeça quando queremos colorir os cabelos no intuito de mudar a cor, pintar, tonalizar ou efetuar qualquer coisa que altere a cor da estrutura do fio… Acontece que o processo de coloração permanente é bem sensível. Se não houver cuidados antes, durante e principalmente depois deste procedimento, podem ocorrer sérios riscos de perda de cabelos.
Para depositar os pigmentos de cor na fibra capilar, a coloração permanente abre as cutículas e altera o pH do cabelo. Isso se dá através da amônia e de outras substâncias oxidantes presentes na fórmula. Durante esse processo, ocorre uma perda significativa de queratina e aminoácidos que contribui para o ressecamento e a opacidade dos fios. Uma vez abertas e fragilizadas pelas repetidas químicas, as cutículas permitem que os novos pigmentos se desprendam com facilidade, acelerando o desbotamento.
Geralmente, produtos para cabelos vendidos em drogarias, supermercados e lojas de cosméticos em geral, são denominados “comerciais”. Já os produtos comercializados em salões de beleza, os quais necessitam da indicação adequada de um profissional, são chamados de “profissionais”. Mas qual a diferença desses produtos na teoria e na prática? O que escuto muito no Ateliê é que produtos comerciais são mais baratos e os profissionais, mais caros. E fica nisso… O fato é que os produtos comerciais em geral, têm como função principal (exemplificando esse caso específico de colorações) somente colorir os cabelos e pronto! Já os produtos profissionais são elaborados e pesquisados para gerar resultados que vão além do que foi citado acima. Na maior parte das vezes, o produto comercial contém apenas 5% do princípio ativo que contém o produto profissional, e é aí que nos perguntamos se o resultado final realmente seria igual…
Devemos sempre prestar bastante atenção nas funções da coloração e verificar se a mesma, verdadeiramente possui seus princípios ativos prometidos. E aí então poderemos dizer se as colorações profissionais são mais eficientes do que as comerciais. É essencial um conhecimento técnico a ser administrado, portanto, não adianta nada comprar os produtos e fazer a aplicação em casa, pois o resultado possivelmente não será o mesmo alcançado pelos profissionais. Pode parecer exagero, mas não é! Esses ativos tão “pequenininhos” agem com tal eficiência que qualquer mínimo detalhe faz toda diferença!
COLORAÇÃO NOS CABELOS. A FIBRA CAPILAR ANTES DOS PIGMENTOS ARTIFICIAIS SEREM APLICADOS, E LOGO DEPOIS COM SUA NOVA COR. FONTE: PINHEIRO, ADRIANO. KOSMOSCIENCE – A ARTE DE COLORIR OS CABELOS. CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.
COLORAÇÃO NOS CABELOS. OS PIGMENTOS ARTIFICIAIS SE ENCAIXANDO NO CÓRTEX PARA REFLETIR A NOVA COR. FONTE: PINHEIRO, ADRIANO. KOSMOSCIENCE – A ARTE DE COLORIR OS CABELOS. CENTRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.
Todos queremos fazer mudanças nos cabelos quando vemos alguma tendência da moda, algum cabelo legal em uma revista ou um lançamento de uma marca nova. Porém, é importante entender que não é todo cabelo que aceita bem todo e qualquer tipo de intervenção. Só porque um produto torna-se popular e/ou muito divulgado por aí, não significa que produzirá o resultado que vocês esperam. Por isso nunca deixem de procurar um profissional de confiança!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- GOMES, Álvaro Luiz. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro, São Paulo, 1999;
- PINHEIRO, Adriano. KOSMOSCIENCE – A arte de colorir os cabelos. Centro de pesquisa e desenvolvimento. Disponível em http://www.kosmoscience.com (acesso em 29 de maio de 2009);
- MANSUR, Cristina; GAMONAL, Aloisio. Cabelo normal. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004, p. 151-163.